Origem e história da Vermelha
O seu povoamento deve remontar aos primeiros tempos da Nacionalidade. Devoção da mesma época é o orago S. Simão que deve ter obtido culto local em ermida erguida durante o repovoamento do termo de Óbidos. Depois, talvez ainda na Idade Média, formalizou-se em igreja paroquial, sendo a paróquia criada pela Igreja de Santa Maria daquela aldeia.
Na Vermelha é fundamental ver-se a Igreja do Espírito Santo, excecional repositório de azulejos de vários tipos, do século XVII, incluindo a cobertura da capela-mor. O corpo da igreja, de nave única, é coberto com teto de madeira, de caixotões, e era todo ricamente pintado com ornatos vários. Dois pequenos altares colaterais, também do século XVII, apresentam pinturas da época. Na capela-mor há um retábulo de talha do século XVIII.
Origens e história do lugar de Dagorda
Origens e história do lugar de Dagorda, povoado que surgiu em finais do século XIII, e que se desenvolveu habitado por gente humilde, assalariada, que trabalhava “à jorna” nas três quintas senhoriais que o rodeavam: Quinta de S. Lourenço, Quinta da Dagorda e Quinta do Varatojo. Pequeno povoado localizado á beira da “estrada real”, que fazia a ligação a Óbidos, segundo o numeramento de 1527 mandado realizar por D. João iii, possuía 10 vizinhos, isto é, 10 habitações, provavelmente 30 a 40 moradores.
A taverna da gorda do Peral
O lugar de Dagorda surge provavelmente em finais do seculo XIII, quando uma moradora do Peral, que segundo reza a estória se caracterizava pela excessiva obesidade, decide abrir uma taverna na beira da estrada que dava acesso á vila de Óbidos, a cerca de 2 km do Peral, destinada a servir os almocreves que por aqui circulavam.
Verdade ou lenda, o certo é que a obesa senhora deu o nome á ladeia. Desse local apenas resistiu um enorme freixo que sobreviveu até aos nossos dias, tendo sido derrubado em meados do seculo XX.